Como funciona um sistema de irrigação automatizado.

A irrigação automatizada de campos esportivos ou áreas verdes é um sistema inteligente, que irá aplicar a quantidade de água para suprir as necessidades reais de seu jardim ou gramado.
Para a implantação de um bom sistema de irrigação, é indispensável a execução de um bom projeto, que leva em consideração o paisagismo a ser implantado, as necessidades hídricas de cada planta, as horas de radiação direta de cada microclima.
Um bom sistema de irrigação deverá ter uma execução de qualidade, com equipes treinadas e sempre acompanhadas por um responsável técnico.
Os sistemas de irrigação automatizados são compostos por controladores, sensores, válvulas e principalmente os aspersores, podendo ser do tipo spray, rotores, bocais rotativos, microsprays ou de gotejamento.

Controladores: É a central eletrônica onde é programado todo o funcionamento da irrigação. É através dela que definimos os padrões de operação do sistema, tais como: horário de início de rega, tempo de funcionamento de cada setor, quantas vezes o sistema deve funcionar durante o dia e durante a semana. Independente de marca ou modelo, as centrais possuem a mesma lógica de programação.
Sensores: os sensores são os responsáveis pela quantificação do sistema de irrigação, podendo até cessar as atividades do mesmo. Os sensores de chuva e solo, que são os mais comuns, funcionam como um interruptor, desativando o sistema de irrigação quando o sensor de solo atinge uma umidade pré-determinada, ou quando o sensor de chuva detecta uma lâmina de água mínima.
O sensor climático calcula a evapotranspiração e ajusta os controladores diariamente, baseado nas condições climáticas locais. O sensor mede a radiação solar a temperatura, calcula a evapotranspiração, e assim determina a correta lâmina de água a ser aplicada, transmitindo as informações para o controlador ajustar o tempo de rega para cada setor.
Válvulas: São registros que são abertos e fechados através de comandos elétricos emitidos pelos controladores, com a função de iniciar e cessar a irrigação dos setores, de acordo com a programação da central controladora. As eletroválvulas podem controlar também a pressão e a vazão que é liberada para o setor, de acordo com as necessidades do projeto. As válvulas ficam instaladas em caixas de proteção específicas, com tampas camufladas junto à vegetação.
Aspersores: Os aspersores são os dispositivos para lançamento da água propriamente dito, que são instalados abaixo do nível da grama. Grande parte dos aspersores são do tipo “pop up”, com funcionamento hidráulico, que emergem acima do solo através da pressão de água que o sistema exerce quando acionado. Existe uma gama extensa de aspersores, com variação nos tipos de jato, alcance e vazão:

• Spray: São aspersores de baixo alcance, variando entre 1,2 metros até 5,2 metros, com arcos variáveis ou fixos, podendo irrigar em um círculo completo (360º) ou círculos parciais pré-definidos (270º, 180º e 90º). Os bocais poderão ser com ângulo variável, que podem ser ajustados no local em arcos de 0º a 360º. Há também os bocais com padrão de molhamento específicos, nos formatos retangulares, quadrados, faixa, entre outros. Tais bocais são empregados para irrigação de faixas estreitas, como canteiros centrais de avenidas. É importante salientar que a redução do arco de molhamento dos aspersores não implica em maior taxa de precipitação, pois a vazão é reduzida na mesma proporção do molhamento. A haste dos sprayers varia entre 4” até 12” de altura (10 a 30 cm).

• Bocais Rotativos: São bocais instalados junto aos aspersores “pop-up” dos sprays, emitindo um jato especifico com acionamento rotativo, que reduz a precipitação de água e aumenta consideravelmente o alcance, podendo chegar até 9,5 metros de raio. Esses bocais são empregados em áreas maiores, onde há uma incidência considerável de ventos, pois o formato do seu jato reduz consideravelmente a dispersão pelo vento, ou em terrenos com baixa permeabilidade, pois possuem uma baixa taxa de precipitação, ou também em taludes ou terrenos com declividade acentuada.

• Rotores: São aspersores dinâmicos, possuindo engrenagens que podem girar o jato de água entre 40º e 360º, ajustado na cabeça do aspersor, com um alcance variando entre 4,3 metros até 31,7 metros. Com uma grande variedade de modelos, os rotores têm uma faixa de vazão muito ampla, partindo de 0,13 m³/h, até 19,04 m³/h. São aspersores utilizados em áreas maiores e também em gramados esportivos, já que reduzem a quantidades de aspersores do projeto, reduzindo os custos de implantação.

• Micro Spray ou Single Pieces: São micro aspersores em formato de spray, utilizados para a irrigação localizada de arbustos, árvores frutíferas ou exóticas, quando é necessária uma irrigação mais pontual em canteiros e árvores. Dependendo da demanda de água da planta, são utilizados diferentes tipos de spray, com a vazão variando de 35 até 110 l/h, e os raio de alcance de 0,5 até 2,0 metros, aplicando a quantidade exata de água que a planta precisa.

• Gotejadores: São emissores de água que possuem uma vazão muito baixa, em torno de 2,0 litros por hora, utilizados principalmente em jardins verticais, coberturas verdes e irrigação agrícola. É um dos métodos mais eficiente para irrigação, porém o seu uso na irrigação paisagística é restrito e requer um setor específico na instalação. Para sua utilização, deve-se atentar para a qualidade da água, pois os orifícios são de fácil entupimento.